Um cruzamento de dados oficiais do Ministério do Desenvolvimento Social com informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela uma prática preocupante: ao menos 1,4 milhão de famílias brasileiras estariam omitindo a existência de cônjuge (marido ou esposa) para receber o benefício do Bolsa Família de forma irregular.
A estimativa foi feita pela empresa DataBrasil, a pedido do portal de notícias Poder360, e leva em conta o número de lares registrados como monoparentais, ou seja, compostos por apenas um adulto responsável por dependentes.
Segundo o estudo, essa omissão seria usada para se enquadrar em regras mais vantajosas do programa social, o que pode levar à concessão indevida do benefício.
Número real de fraudes pode ser ainda maior
Embora a estimativa seja conservadora, o levantamento indica que a quantidade real de famílias que praticam esse tipo de fraude pode ser muito maior. O sistema do Bolsa Família tem como prioridade atender famílias em situação de vulnerabilidade, especialmente mães solo. Porém, quando há omissão de informações, os dados são distorcidos e recursos deixam de chegar a quem realmente precisa.
A prática fere os princípios da justiça social e representa um uso indevido de recursos públicos destinados à população em situação de pobreza ou extrema pobreza.
Governo intensifica fiscalização
O Ministério do Desenvolvimento Social tem intensificado a auditoria e o cruzamento digital de dados, com o objetivo de revisar cadastros e cancelar benefícios obtidos de forma irregular. A expectativa é de que milhares de famílias sejam chamadas para reavaliação e, se confirmada a fraude, tenham o benefício suspenso.
Essas medidas fazem parte da estratégia do governo para garantir que o Bolsa Família atenda quem realmente tem direito e para evitar distorções que prejudiquem a efetividade do programa.
📌 Fonte original: Poder360 – Leia a matéria completa aqui
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